Rouse
Ball
Jâmblico, a quem devemos a revelação
deste símbolo, 13 refere que estando em jornada certo pitagórico, adoeceu na
estalagem a que se recolhera para passar a noite. Era ele pobre e estava fatigado,
mas o estalajadeiro, homem bondoso, prestou-lhe carinhosa assistência e tudo
fez para restituir-lhe a saúde. Não obstante, a despeito de seu desvelo, o
doente piorava. Percebendo que ia morrer e não podendo pagar o que devia ao
estalajadeiro, o enfermo pediu uma tábua e nela traçou a famosa estrela
simbólica.
Apresentando-a ao seu hospedeiro,
pediu-lhe que a pusesse suspensa à porta, de modo a poder ser vista por todos
os transeuntes, asseverando-lhe que dia viria em que sua caridade seria
recompensada. O estudioso morreu, foi enterrado convenientemente, e a tábua
exposta consoante o seu desejo.
Longo tempo decorrera
quando, um dia, o símbolo sagrado atraiu a atenção de um viajante que passava
pela hospedaria. Apeando-se, entrou nela e, depois de ter ouvido o relato do
estalajadeiro, recompensou-o generosamente.
Tal é a anedota de
Jâmblico. Se lhe falta veracidade é, ao menos, curiosa.